segunda-feira, 18 de maio de 2009

Obrigado e voltem sempre



As recomendações do Ministério aos professores para o tratamento a dar aos alunos nas provas de aferição é algo que só se explica pela coerência de estupidez que tem marcado toda a politica de educação dos últimos anos.
Durante toda a minha infância e adolescência, os professores eram pessoas que tínhamos obrigatoriamente de respeitar. Tive alguns problemas com professores e até faltei ao respeito a um. E paguei por isso. E depois não voltei a fazê-lo. Tão simples como isto.
Agora acham que os professores devem agradecer aos meninos que vão fazer a prova de aferição.
Isto faz-me lembrar aquela situação de um extra-terrestre que observa os humanos de saco na mão a apanhar os cagalhões largados pelo cãozinho que andam a passear e que volta ao seu planeta com a convicção que a espécie dominante anda de quatro e ladra.
De uma forma genérica não concordo com a teimosia dos professores em não quererem ser avaliados e se é verdade que é uma profissão com muitos lados negativos, não deixa de os ter positivos, o que a transforma numa profissão igual a muitas outras.
Mas numa coisa é totalmente diferente: Quer queiramos quer não, é com os professores que as crianças e adolescentes passam grande parte do seu tempo e se não soubermos educar os nossos filhos para que os respeitem, então teremos uma geração que não vai respeitar ninguém. Nem a si própria.