quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

É Natal, ninguém leva a mal



Felizmente o Natal já passou. Estava a ficar com medo de sair à rua. Não há altura do ano pior para sair de casa do que esta.
Primeiro porque os assaltos a residências aumentam exponencialmente, pelo que é conveniente ter sempre a caçadeira carregada atrás da porta e dormir com um olho aberto.
Em segundo, porque um destes dias desloquei-me a um centro comercial e antes de chegar a meio do caminho para a loja onde ia, fui abordado por mais de 14 meninas daquelas associações e instituições que nascem como cogumelos a pedir dinheiro para ajudar ou os pobres ou os velhos ou as crianças ou os doentes ou os animais ou outro qualquer grupo a quem o governo não dê subsídios ou injecções de capital, com o dinheiro dos meus impostos.
Aliás, com tanta instituição a ajudar tanta gente eu tenho agora a certeza que tenho mesmo azar não calhar nenhuma que me ajude a mim. Dava jeito se me ajudassem a ter dinheiro para dar a tanta gente que anda a pedir. E já agora se me quiserem ajudar a pagar as minhas contas eu também agradeço.
Depois não admira que as lojas depois do Natal façam saldos. Eles sabem bem que depois de termos contribuído para todas os peditórios que nos apareceram, se tivermos dinheiro para comprar umas ceroulas por 49 cêntimos já não é mau.
Já não há pachorra. É o ano todo a espantar os gajos dos “citibank's”, arrumadores de automóveis, ciganas com putos ranhosos ao colo, etc., já que o raio dos impostos não os consigo evitar, e ainda levamos com este exército de pedintes natalícios. Ainda eles não abriram a boca e já e estou a dizer "não quero!" com o ar mais antipático possível para tentar desencorajar à partida qualquer tentativa de insistência. Quando insistem, chego mesmo a rosnar, o que os põe logo a recuar com aquele ar de quem está a demasiado próximo de um louco perigoso. Mas não consigo evitar. Ganhei este vício desde que soube quanto ganhava a ex-porteira da discoteca Frágil, enquanto dirigente da Abraço.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Obrodependência



Portugal sempre teve uma relação muito estranha com as obras. Sobretudo desde que a Europa nos manda dinheiro para as fazermos, isto tem sido um "ver-se-te-avias" a esburacar, a tapar, a esburacar outra vez...
O que ainda não se sabia era, agora que a torneira europeia foi canalizada mais para leste, de onde vinha o financiamento para os mega-projectos.
Apercebi-me da resposta a esta questão, quando um destes dias estava a ler mecanicamente os rodapés de um noticiário onde surge primeiro este:
- "Ligação Lisboa-Porto do TGV custa 2500 milhões de Euros"
E logo a seguir este:
- "Programa de troca de seringas poupa ao estado 1700 milhões de Euros"
Ora aí está… Quem vai pagar a linha Lisboa-Porto do TGV, são os drogados (ou toxicodependentes como se diz agora).
Se eles não fossem uns gajos porreiros, com um civismo a toda a prova, que os obriga a ir sempre trocar as seringas velhas pelas novas, lá vinha mais uma subida de impostos para pagar a obra.
Assim já não é preciso. Já temos dinheiro para chegar, senão ao Porto, pelo menos a Coimbra.
Aliás, se fossemos a contabilizar o comprimento das linhas que eles "snifam", tínhamos TGV pelo menos até aos Pirenéus. Ou até Alicante vá... passando por Olivença.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Férias de políticos



Manuela Ferreira Leite, como já devem saber, saiu-se ontem com este "desabafo":
"E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia".
Eu compreendo-a! A sério. Não estou a brincar.
Eu também adorava suspender a democracia por seis meses. Talvez até mais.
Imaginem o que era estarmos seis meses sem políticos. Eles iam todos para qualquer sitio fazer trabalho comunitário por exemplo. Sei que seria duro, pois poucos são os que alguma vez trabalharam, mas no final os que conseguissem sobreviver podiam voltar e então estabelecíamos outra vez a democracia.
Seria maravilhoso. Um descanso. Não teríamos de aturar os seus devaneios e baboseiras.
Todos continuávamos as nossas vidas, cada um fazendo aquilo que faz e sem medo de a qualquer momento vir algum politico chatear o juízo com ideias absurdas.
As escolas voltariam à normalidade, pois os professores não teriam contra quem se manifestar.
O ar seria mais puro...
Mas enfim. É apenas um sonho que tenho.
Sendo mais realista, sugiro à líder do PSD que se mantenha seis meses calada. Talvez assim consiga alguma coisa nas eleições de 2009.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O maior clube do mundo



Depois do canal de televisão e das jóias para oferecer às benfiquistas, eis a última novidade no mundo encarnado:
O motor de busca "SLBoogle". Uso obrigatório para qualquer benfiquista que se preze.
Não tarda, teremos também um computador portátil chamado Eusébio (que irá retirar do mercado um tal de Magalhães) e uma linha de lingerie feminina com um design onde será difícil encontrar sítio para estampar a águia.
No futuro, quem sabe onde poderemos chegar...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Diferença de valores



Como diria o editor do jornal no filme de 1939, "Jesse James": "A primeira coisa que temos de fazer se quisermos lei e ordem no Oeste, é pegar em todos os economistas e abate-los como cães!"
É obvio que isto se agrava quando economista e político se juntam na mesma pessoa. É o caso de Manuela Ferreira Leite.
Ainda eu não estava refeito do ridículo de ver o Primeiro Ministro, armado em "mãos-largas", a anunciar uma miséria de aumento de 24€ no ordenado mínimo terceiro-mundista que temos, quando surgem uns gajos intitulados de "economistas", a dizer que o aumento era "demasiado elevado"!?!!
Enquanto a minha mente divagava entre imagens de políticos acorrentados no fundo do mar e economistas alinhados para o abate, aparece a referida candidata a primeiro-ministro (e isto arrepia-me quase tanto como a candidatura de Sarah Palin a Vice-Presidente do EUA), a dizer exactamente o mesmo.
Talvez fosse da confusão que tais afirmações provocaram no meu cérebro, mas era capaz de jurar que enquanto ela falava, vi o Victor Constâncio a fazer de "ponto", atrás de uma cortina.
Quando acordei no dia seguinte julguei que tudo não tinha passado de um sonho chalado. Mas não...
De repente, no entanto, tudo fez sentido quando apareceu a personificação do típico empresário “portuga”, encarnado na pessoa de Augusto Morais, Presidente da APME, a "ameaçar" que vão deixar de renovar os contratos dos trabalhadores por causa do "aumento".
Realmente é um drama que estes senhores tenham de pagar mais 24€ aos seus trabalhadores. Imagino que caso o empresário tenha 50 trabalhadores a receber esta fabulosa maquia, os 1200€ que eram para comprar umas jantes especiais para o “pó-pó” do filho fiquem a faltar, o que provocará certamente um enorme drama familiar.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Crise? Qual crise?!



Todos os dias sou bombardeado com notícias que falam de uma tal de crise. A crise isto, a crise aquilo...
Não entendo. Pessoalmente estou a gostar.
Subitamente a Euribor começou a descer, os combustíveis também, o governo decide aumentar alguns benefícios fiscais, actualiza as taxas de IRS e até propõe um aumento superior ao que tem sido habitual nos últimos anos.
Não sei quanto a vocês, mas por mim espero que esta crise dure longos e bons anos. Ou pelo menos até à próxima revisão da taxa de juro do meu empréstimo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Não quero cá confusões



Esta novela do casamento homossexual já me aborrece.
Não sei porquê tanta teimosia em quererem casar (moda que está a sair de moda) e em serem chamados de “casal”, quando se sabe que “casal” é um par de elementos de sexo diferente. Quando muito podem ser chamados de “par”. “Par de jarras” por exemplo!
E muito menos percebo a teimosia dos conservadores em quererem impedir que eles se casem ou se juntem ou outra coisa qualquer. É uma mania irritante de quererem condicionar a vida particular dos outros. Vejam lá se percebem de uma vez por todas que não têm nada que ver com isso.
Confesso que não gosto de ver dois homens juntos. Por outro lado acho que o amor entre as mulheres é lindo. Mas são gostos. Haverá quem discorde, o que é natural.
Por mim tudo bem. Até proponho desde já que se legalize também a poligamia. Afinal sempre foi legal em muitos países do mundo. Embora isso traga alguns problemas no preenchimento da declaração do IRS, não é nada que não se resolva.
Pessoalmente já estou por tudo desde que soube (e por falar em dificuldades no preenchimento do IRS) daquele caso na Austrália em que um homem casou com a própria filha, mesmo sabendo os dois que eram pai e filha.
Reparem que o homem se tornou simultaneamente genro e sogro de si próprio. Este “casal”, tendo um filho, o homem passa a ser pai e avô do pequeno, enquanto a mãe é ao mesmo tempo irmã do próprio filho. No cúmulo, esta mulher tornou-se na sua própria madrasta, o que frequentemente causou fortes discussões consigo mesma.
Digam lá se isto não é muito mais confuso que ter um casamento com dois homens vestidos de noivo ou duas mulheres vestidas de noiva, ou dois homens vestidos de noiva ou...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O descrédito da democracia



Já todos sabíamos que a democracia não é perfeita. Os governantes frequentemente não cumprem o seu papel de representação dos seus eleitores e o sistema capitalista agravou esta realidade ao criar poderes paralelos que frequentemente condicionam o poder político.
Do que ainda nem todos tínhamos tomado consciência é da verdadeira dimensão deste fenómeno.
Porque interessava, esse poder paralelo sempre se escondeu atrás do poder político, que investido de autoridade democrática, foi facilitando a implantação do primeiro sob a ilusão de teorias como a da auto-regulação do mercado.
Agora no entanto, depois de os Bancos Centrais baixarem as taxas reguladoras e depois de duas semanas de queda do preço do petróleo, nem os juros nem os combustíveis baixam... Ou seja, o sistema não obedece aos mecanismos que supostamente o deviam regular.
Torna-se agora sim evidente, que o verdadeiro poder não está nos políticos democraticamente eleitos. Estes talvez agora estejam a perceber que o mercado já não lhes obedece. Tornou-se selvagem e descontrolado. E agora para o domesticar vai ser o cabo dos trabalhos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Areia demais para a camioneta



Manuel Sebastião (para quem não sabe é o tipo da autoridade da concorrência), disse hoje aos nossos digníssimos deputados que o relatório sobre a concertação de preços entre as gasolineiras estará pronto em Março de 2009.
Não. Não é engano. É mesmo Março de 2009.
Não me surpreende que este magnífico exemplo de produtividade não tenha suscitado qualquer reacção nos deputados, já que trabalham também ao mesmo ritmo.
Esta malta necessita sempre de meses e anos até perceber aquilo que o comum cidadão já topou há muito tempo. São, por assim dizer, lerdos...
Mas talvez o problema seja do computador que ele usa. Talvez seja demasiado rápido.
Sugiro que lhe ofereçam um "Magalhães". Como foi feito para países do 3º mundo, parece-me muito mais adequado à pessoa e ao país.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Mulherzinha irritante



Com um ar sonso-coquete que me faz lembrar uma espécie de mãe ninfomaníaca da Barbie, a candidata republicana a vice-presidente dos EUA, Sarah Palin, representa toda a hipocrisia da sociedade conservadora norte-americana, apimentada com um toque daquela burrice que normalmente é atribuída às loiras.
Usando um discurso repleto de todas as jogadas sujas que constam no manual do partido republicano para atacar os adversários, lá vai convencendo aquela grande parte dos eleitores americanos com défice de neurónios a votar em si, enquanto a mim me causa arrepios pensar que pode chegar à presidência da maior potência mundial alguém que se fez benzer contra bruxas e que encara com enorme leveza a possibilidade de rebentar com as reservas naturais do Alasca para sacar de lá o petróleo.
Como disse Matt Damon, a hipótese de ser um dia presidente dos EUA uma mulher que se auto intitula "apenas uma mãe que vai ao hóquei com os filhos" e que parece julgar que declarar guerra à Rússia é algo normal, faz lembrar um filme de terror da Disney.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ah?! Os americanos o quê?!



No dia de estreia do filme que adapta ao cinema o "Ensaio sobre a cegueira" de José Saramago, a Federação Nacional de Cegos norte-americana emitiu um comunicado com esta "pérola": "...tanto o livro como o filme retratam os cegos como incapazes de fazer seja o que for e como viciados ou criminosos...".
Quem já leu o livro (se não o fez, deve-o fazer) e tenha no mínimo, mais de, vá lá.... dois neurónios que funcionem, ainda pode pensar que deve ser engano, que se calhar é outro livro. Pois... mas não é. É mesmo este.
José Saramago respondeu de uma forma que eu considero até bastante elegante, afirmando que "a estupidez não escolhe entre cegos e não-cegos".
Isto é aliás perfeitamente claro nesta situação, já que sendo impossível que eles tenham visto o filme, alguém não-cego lhes transmitiu aquela "ideia", se assim lhe podemos chamar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mais valia continuar calada



Existe um desígnio cósmico, não compreensível para nós, comuns mortais, que nos últimos anos tem conduzido os destinos dos treinadores do Benfica e dos líderes do PSD, de forma absolutamente paralela.
Antes de assumirem os respectivos cargos, são vistos como salvadores cheios de competência, etc.
Uma vez no cargo, e passado um breve período de "estado de graça" (por vezes tão breve que nem se nota), desatam a fazer e dizer disparates e acabam por sair em clima de contestação, deixando a coisa na mesma ou pior.
Ontem tivemos mais uma demonstração disso mesmo, quando Manuela Ferreira Leite, depois de ter estado tanto tempo calada, veio criticar José Sócrates dizendo que "não se pode pôr em causa o sistema financeiro"!
Mas porquê?! O que quer isto dizer? O que é que não se pode pôr em causa? Este sistema financeiro ou qualquer sistema financeiro?
Será que ainda não se apercebeu que já não vale a pena estar a dizer isto numa altura em que os mais experientes e conceituados estadistas e economistas mundiais já o fizeram?
E o que é que isto diz ao comum “portuga”? Será que vai pensar que alguém que diz isto irá com certeza governar melhor o país do que o "Showman" do nosso Primeiro-Ministro?
É triste ver que o único partido que poderia na prática fazer frente ao actual governo, não seja capaz sequer de criar a ilusão de poder constituir uma alternativa credível.
Pelo menos o Benfica ainda vai ganhando uns jogos…

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sou do povo, devo ser estúpido



A ASAE deu a conhecer hoje, através de um porta-voz, que não considera grave o facto de afinal existirem produtos de leite chinês à venda em Portugal. Assim como, por omissão, também faz tábua rasa de esses e outros produtos não estarem sequer identificados em língua portuguesa e fora da validade.
Em contraste com o fanatismo com que têm perseguido os nossos produtos de fabrico tradicional, para não falar noutros disparates, parece alinhar pela mesma bitola da sua congénere chinesa que também falhou redondamente na fiscalização dos grandes produtores de lacticínios.
Seria de esperar que, uma vez banidos do mercado chinês, esses produtos comecem a surgir noutros mercados numa tentativa dos produtores de o escoar a qualquer custo, mas a ASAE não parece preocupada.
Perante tudo isto, não posso deixar de ficar enjoado sempre que deparo com algumas pessoas que, perante uma situação como esta, adoptam um discurso do tipo: "isso não é bem assim", "a ASAE só está a fazer o seu trabalho", "o povo é que é estúpido", "os portugueses nunca estão satisfeitos".
Dá-me especialmente vómitos a parte em que se tentam colocar acima dos que designam como "povo" ou "as pessoas", como se fizessem parte de algum tipo de nobreza ou burguesia bem-pensante. Parecem julgar-se os guardiões do país que certamente estaria à deriva se não fosse governado por pessoas tão inteligentes como eles.
Julgando pela realidade, talvez fosse melhor que derivássemos um bocado do rumo que este tipo de pessoas nos está a impor.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sem papas na língua



O Bastonário da Ordem dos Advogados afirmou ontem que é cada vez mais difícil cobrar dívidas através do tribunal, sendo mais fácil contratar gangsters. Afirmou ainda que hoje em dia se inventa tudo para não se fazer justiça nos tribunais.
Eu não poderia concordar mais. Quem já teve a experiência de ir a tribunal e observar o desfasamento entre as sentenças e a sua aplicação prática, terá de concordar também.
Não se respeitam os tribunais hoje em dia. As sentenças não são muitas vezes cumpridas e os tribunais lavam daí as suas mãos, ficando a justiça por aplicar.
Apesar de esta falta de respeito se dever muito a um sistema social e politico que tende a ser muito rígido com pequenas infracções e brando com as grandes, também se deve ao facto de se dar mais relevância a questões de forma e processuais do que a questões de facto. Os policias que o digam.
No entanto, a maior contribuição acaba por ser outro dos factores apontados por Marinho Pinto quando afirma que há juízes que preferem ser temidos que respeitados. Lembrando por exemplo alguns episódios no mundo da "justiça futebolística" onde muitos dos protagonistas são magistrados, parece-me difícil de facto que esta classe consiga manter o estatuto de respeito de que necessita.
O que acho mais lamentável no meio de tudo isto é que os órgãos representativos destes profissionais prefiram hostilizar quem tem coragem de dizer o que muitas pessoas pensam, em lugar de simplesmente reconhecer que no seu meio há bons e maus profissionais e que os bons estão a pagar pelos maus.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ao desconcerto do mundo



Ultimamente tem-me assaltado o pensamento este poema de Luís Vaz de Camões:

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Acidente? Qual acidente?!



Estou cá desconfiado que os elementos equipa de investigação ao acidente na linha do Tua estudaram na mesma escola dos que investigaram a concertação de preços entre as gasolineiras.
Tal como os segundos apresentam, contra as expectativas do zé-povinho, a conclusão de que afinal não há nada de errado nem no comboio, nem na linha.
Confesso que, na minha ignorância, cheguei a pensar que o facto de uma criança conseguir retirar os parafusos que prendem os carris às travessas, não seria algo normal, mas parece que afinal é.
Quem o diz são especialistas no assunto, técnicos disto e daquilo, que com certeza sabem do que falam. Eu é que sou estúpido.
Nem me admirava que no relatório final chegassem à conclusão que afinal não houve acidente. O que, desculpem lá se estiver outra vez a dizer asneiras, não era de todo ilógico pois se para todo o efeito tem de haver uma causa, se aqui não houve causa é porque também não houve efeito.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Esta mulher está senil



Leonor Pinhão, autora de enormes "pérolas" jornalísticas, conseguiu ainda assim surpreender com esta frase no "Correio da Manhã": "As vantagens de Évora e Obikwelu são serem 'menos' portugueses. Que venha a geração futura dos luso-eslavos e verão como é verdade"...
Para os mais distraídos, Nelson Évora é de origem Cabo-Verdiana e Francis Obikwelu é um Nigeriano com nacionalidade portuguesa.
Não querendo entrar pelo lado xenófobo que isto revela para com os "portugas", não consigo deixar de pensar como foi possível que os "tugas" Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Vanessa Fernandes e Luís Figo conseguissem fazer as suas carreiras. Deve ter sido complicado com todo aquele sangue luso a correr nas veias.
Por outro lado conseguimos agora perceber que a Naide Gomes, natural de S. Tomé e Príncipe, falhou na sua prova porque certamente se esqueceu da sua parte não portuguesa em casa.
Espero então que as novas gerações de luso-qualquer-coisa cheguem depressa, não só ao desporto, como ao mundo dos jornalistas-comentadores.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Há profissionais e há curiosos



A profissional Vanessa Fernandes conseguiu esta madrugada a primeira medalha olímpica para Portugal, e ao contrário de Marco Fortes, nosso representante no lançamento do peso, não pareceu sentir-se incomodada por a prova se disputar durante a manhã. Para ele a medalha de ouro na competição paralela para "curiosos".
Na lista de “curiosos” desta delegação, a medalha de prata vai para o atleta Arnaldo Abrantes que "bloqueou" quando viu o estádio cheio. Os responsáveis ainda tentaram evacuar o estádio para que ele se sentisse mais à-vontade, mas não foi possível.
Finalmente a medalha de bronze vai para a atleta Vânia Silva, nossa representante no lançamento do martelo, que depois de ser eliminada comentou que "não é muito dada a este tipo de competições"...
A cerimónia de entrega de medalhas será realizada depois do final dos jogos, para que o estádio esteja vazio, durante a tarde porque o Marco Fortes de manhã só "está bem é na caminha" e num pódio com o qual esperemos que a Vânia Silva se dê bem...
Alheio a tudo isto, o também profissional atleta jamaicano Usain Bolt ganhou a final dos 100m, a correr de lado, cerca de 2 metros à frente dos restantes concorrentes. Numa corrida que ficará para a história, limitaram-se tal como o Coiote, a vê-lo fugir. E olhem que eles não eram só "curiosos".

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A verdadeira pobreza



Uma menina arrasta-se na direcção de um campo de alimentação montado pelas Nações Unidas no Sudão. Um abutre pousado a poucos metros espera que a natureza lhe sirva a refeição.
Kevin Carter, fotógrafo profissional a quem pagavam para retratar a miséria humana, ainda aguardou durante vinte minutos que o abutre abrisse as asas para que a foto tivesse outro impacto, mas acabou por desistir, sentando-se debaixo de uma árvore onde se limitou a chorar enquanto a criança continuava penosamente a sua caminhada.
Passados 18 meses e depois de ter ganho o Prémio Pulitzer com esta fotografia, Kevin Carter suicidou-se, consumido pelo sentimento de culpa por não ter ajudado aquela menina.
Caso o esteja a condenar por não ter feito nada, pense antes no pouco que todos nós fazemos...

Ideias luminosas



Já quando do tiroteio no bairro social da quinta da fonte achei disparatado que viessem dizer que havia ali um problema de integração social.
Que sinal maior de integração social pode haver do que o que foi dado pelas famílias que de lá saíram?
Como a maioria dos portugas, aproveitaram para pedir umas casitas novas e até fizeram manifestações. E quando aquela rapaziada se queixa de insegurança, pedindo a intervenção da policia e do governo é porque estão plenamente integrados.
Isto foi agora confirmado pela "chico-espertisse" de trocar de BI com o irmão para enganar o tribunal, aproveitando para fugir enquanto a malta estava distraída a acusar a polícia de violência excessiva. Afinal ele só estava, como qualquer portuga, a tentar que o filho seguisse a mesma "profissão" do pai.
É uma malta muito desenrascada e que sabendo aproveitar as oportunidades não vão deixar escapar a ocasião de entrar por uma nova via de negócio com esta novidade dos vales para comprar lâmpadas económicas que brevemente iremos poder adquirir por um preço simbólico àqueles rapazitos que por ai andam a vender pensos rápidos.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Amigos virtuais



Esta moda dos amigos virtuais é algo que me transcende. Deve ser da idade.
Não consigo deixar de achar estranho quando me aparece um convite virtual de amizade, enviado por alguém que eu não conheço de lado nenhum ou que até conheço mas que não faz parte, digamos, das pessoas que considero realmente como amigos.
Sinal dos tempos, as coisas acontecem muito rápido, passando por cima de qualquer "preliminar" onde basear a amizade e partindo logo para a amizade estabelecida.
E depois ficamos um pouco "entre a espada e a parede". Se aceitamos lá ficamos com um lista enorme de amizades, onde se confundem desconhecidos, conhecidos e amigos mais "reais". Se recusamos, estamos logo à partida a hostilizar alguém que não conhecendo também não temos razões para não querer conhecer ou alguém que conhecemos e que não temos qualquer motivo para não conhecer melhor.
Eu, como no fundo sou um sentimental, acabo sempre por aceitar, com relutância quando se trata de amigos, com gosto quando se trata de amigas.
No entanto todos temos padrões mínimos que devemos preservar. E foi por isso que um destes dias recusei um convite de um jovem do sexo masculino que tinha o seu perfil no Hi5 preenchido com fotografias da sua própria boca!!! O que posso dizer mais?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Como nos filmes



Fiquei ontem preso à televisão na expectativa de ver o desfecho do assalto ao BES em Lisboa.
Não que me faça qualquer espécie que assaltem Bancos, visto que eles também me assaltam a carteira todos os meses, mas porque fizeram reféns, o que como sabemos pelo filmes, dá sempre mau resultado.
A questão estava em perceber até que ponto as nossas forças de segurança estão preparadas para este tipo de situações...
E não é que estão! Isto foi quase tão surpreendente como verificar a semelhança entre as imagens que estava a ver e as que já vi em dezenas de filmes de acção.
Só ainda não percebi se é a ficção que está a imitar bem a realidade ou se é a realidade que está a imitar cada vez mais a ficção.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Gostava de ser autónomo



Ontem, quando todos esperavam algo bombástico como por exemplo uma declaração de guerra à Espanha para reavermos Olivença, Cavaco Silva espetou uma brutal seca aos portugueses falando da autonomia dos Açores.
Apesar do choque de saber que este é um assunto que preocupa mais o Presidente da Republica do que os problemas que preocupam a maioria dos cidadãos, ainda tentei perceber melhor o que é na prática isso da autonomia…
Não consegui! Aquilo parecia uma aula de direito constitucional e fiquei basicamente na mesma.
Felizmente, logo a seguir surgiu nem mais nem menos que Alberto João Jardim, a “trocar por miúdos” o assunto, anunciando que estava farto de ser gozado pela “GOLP” e que tinha decretado o fim da liberalização do preço do combustível passando a fixá-lo por portaria.
Fiquei assim a perceber muito melhor o que é isso da autonomia regional e por momentos quase desejei não viver no continente.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Bandeira Azul não chega!



Logo na minha 1ª semana de praia verifiquei que é urgente, por uma questão de saúde pública, criar um qualquer organismo para controlar as entradas de todas as praias do país.
E o que necessita de ser controlado, perguntam vocês?... A prática do Topless, respondo eu!
Seria uma tarefa simples, ao alcance de qualquer indivíduo com a escolaridade obrigatória, ou até sem ela.
Proponho desde já para o efeito, a classificação "OFP". Trata-se de um sistema simples baseado em 3 classes, sendo cada par de seios inserido numa delas:
O – Topless Obrigatório;
F – Topless Facultativo e
P – Topless Proibido.
Isto além de contribuir para um melhor ambiente nas nossas zonas de veraneio, seria um óptimo trabalho de verão para estudantes desocupados. Digam lá quem é amigo…

domingo, 13 de julho de 2008

Saco roto



Verificou-se hoje um fenómeno extremamente raro na Assembleia da República: Todos os partidos concordaram com algo!!! Concordaram que é necessário legislar para reduzir a utilização de sacos de plástico.
Facilmente daqui se podem perceber duas coisas:
1ª - É uma boa altura para investir em cestos de verga;
2ª - Isto vai-nos sair mais caro (esta não tem a ver com os sacos, é só porque qualquer nova lei faz sempre com que alguma coisa fique mais cara).
Eu também acho que as duas mil toneladas de sacos por ano que gastamos são um problema, mas estou cá desconfiado que o que os partidos temem é que não haja plástico suficiente para os cartazes, panfletos, bandeiras, bonés, aventais e outros brindes ridículos que vão distribuir durante as 3 campanhas eleitorais do próximo ano. Certamente que uma proposta para reduzir o uso de materiais plásticos nestes casos também iria reunir consenso na Assembleia… mas pela negativa.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A bola é minha e prontos!



Quando era pequeno havia sempre uns miúdos que levavam uma bola para a escola. No "recreio" a malta juntava-se sendo que o dono da bola tinha sempre que jogar, o que era de elementar justiça.
O que se tornava mais chato era quando esse dono da bola, sempre que estava a perder, amuava dizendo que "não valia" e mandava parar tudo acabando o jogo.
A partir daí, tínhamos de nos sujeitar ou então jogávamos sem bola, que foi mais ou menos o que fizeram os restantes elementos do Conselho de Justiça da Federação de Futebol, depois do Presidente dar por finda a reunião quando se apercebeu que a votação sobre os recursos do "apito dourado" não ia resultar naquilo que queria.
Alguém lhe devia ter dito em pequeno que amuar é feio e que os outros meninos também têm direito de jogar. Agora já é tarde...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Já comeram fruta hoje?



No caso da “fruta para dormir”, que Carolina Salgado diz que Pinto da Costa ofereceu a uns árbitros, o tribunal concluiu que ela estava a mentir pois seria impossível que aquela senhora estivesse em Gaia às 11H30, depois no Porto a almoçar com o “namorado” às 13H00, assistindo a um telefonema deste, e de novo em Gaia no cabeleireiro às 15H00.
Isto de facto é algo impensável e até imoral nos dias que correm, andar assim a gastar combustível à tolinha, atravessando a Ponte do Freixo vezes sem conta.
E para quem pensar que do Porto a Gaia é um "saltinho" que não demora mais que meia hora, lembre-se que o Universo está em constante expansão pelo que todos os dias demora mais um pouquinho a ir de um ponto a outro.
Ainda hoje justifiquei assim ao meu chefe o facto de chegar cada dia mais tarde ao trabalho, embora tenha ficado com a sensação que ele acreditaria mais facilmente na Carolina.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Vale tudo



Com o à-vontade que sempre o caracterizou, Vale e Azevedo, confortavelmente instalado numa mansão no bairro mais caro de Londres, lançou um desafio à justiça portuguesa: "Se quiserem venham cá buscar-me!"
Era mais ou menos isto que eu dizia nos meus tempos de escola primária, aos rufias que me queriam acertar o passo depois de eu os classificar publicamente com alguns adjectivos pouco abonatórios e de me refugiar num qualquer local seguro.
Na altura não havia mandatos de captura internacionais e a memória das crianças é benévola o suficiente para que passado pouco tempo todos nos déssemos bem.
Começo agora a perceber que o mesmo acontece com esta justiça que parece facilmente esquecer os crimes dos ricos e nem me admirava de ver no futuro este advogado voltar para ser, por exemplo, candidato à presidência de uma Câmara.
E provavelmente seria eleito…

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Vira o disco e toca o mesmo



Quem ontem ouviu o discurso de Manuela Ferreira Leite e estivesse à espera que esta fizesse jus à fama de ser diferente dos restantes políticos, deve ter ficado desiludido com o mesmo discurso crítico da carga fiscal e da "máquina do estado", defensor da classe média e das pequenas e médias empresas que se tem ouvido a todos os candidatos.
A única diferença que notei é que normalmente esses candidatos têm defendido essas ideias em campanha, aplicando outras quando chegam ao poder. No caso desta candidata, ela aplicou outras quando esteve no poder e agora defende estas em campanha.
Esperem ai... desculpem! Afinal também não era uma diferença.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

De olhos fechados?!



Não percebo grande coisa de futebol. Não sou canhoto mas tenho dois pés esquerdos o que, parecendo que não, complica um bocado quando se quer acertar na bola. No entanto, fazendo uso daquela prerrogativa que faz de todo o comum português um treinador de bancada, atrevo-me a dizer, à laia de “bitaite”, que o Ricardo teria mais possibilidades de defender a bola se olhasse para ela.
Mas pronto! Os alemães foram melhores, e ficámos sem o factor de alienação que nos ia permitindo, nem que fosse por algumas horas, esquecer os problemas do dia-a-dia, e se pudermos aprender algo com isto, é que não vale a pena fechar os olhos porque eles não desaparecem.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Às voltas no caixão



A esta altura estará certamente Camões com vontade de arrancar um olho aos responsáveis pela prova nacional de português ontem realizada.
A sua inquietação é causada por pensar como os Lusíadas teriam ficado muito melhor se alguém lhe tivesse explicado o que era um 'verbo auxiliar modal' ou até se o tivessem deixado elaborar a obra num formato de escolha múltipla.
Quanto a mim, percebi agora porque geralmente não consigo entender o que escrevem os jovens hoje em dia. Afinal não é por causa dos telemóveis, mas sim porque escrevem usando 'verbos auxiliares modais' em formato de escolha múltipla.
Lanço já daqui o apelo a Gilberto Madail para não aceitar para futuro seleccionador qualquer treinador que simplesmente fale português sem antes o submeter a uma destas provas. Caso contrário nunca se vai entender com os jogadores mais novos.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

E o burro sou eu?!



Luiz Felipe Scolari demonstrou ontem, mais uma vez, os seus dotes de motivador de grupo de trabalho.
Aproveitando algumas oportunidades criadas pela selecção nacional no inicio do jogo, duas grandes penalidades não marcados a nosso favor e vários cartões amarelos mostrados por um arbitro que não destoava nada a apitar jogos do nosso campeonato, conseguiu transformar uma fraca exibição da sua equipa num motivo de união do grupo e até dos portugueses com esse mesmo grupo.
Dando a ideia que um arbitro austríaco, país com quem possivelmente nos poderemos defrontar nos quartos de final, teria tentado mostrar amarelos a jogadores importantes da nossa equipa e que teria sido esse o condicionante do mau jogo, defende os jogadores disfarçando a sua má prestação, foca as atenções em si próprio e une o grupo contra um suposto "inimigo externo".
No meio de todas aquelas "meias frases" e insinuações, quase ninguém notou a contradição de ter colocado em campo na segunda parte, um dos jogadores em melhor forma (João Moutinho), arriscando, segundo a sua teoria, um amarelo, e nem o "recado" que pareceu enviar para os jogadores que ontem alinharam de inicio, quando se lhes referiu como "projecto de equipa".
Veremos na quinta-feira se esta psicologia resultou...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Porreiro pá!



José Sócrates conseguiu hoje em Coimbra uma proeza com que muitos cientistas apenas podem sonhar: Viajou no tempo até 2002 e inaugurou a incubadora de empresas do Instituto Pedro Nunes. A proeza ganha ainda mais relevo se nos lembrarmos que nessa altura Sócrates não era ainda Primeiro-ministro.
Desta forma e com várias empresas de sucesso já criadas por esta altura, o mérito do empreendimento é indiscutível logo no momento da inauguração.
Pessoalmente, se pudesse viajar no tempo, gostaria de ter uma pequena conversa com D. Afonso Henriques e explicar-lhe que bater na mãe é algo muito feio...

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Causas nacionais



Os camionistas suspenderam esta madrugada o bloqueio aos transportes rodoviários, depois de se aperceberem que a malta estava a ficar sem cerveja para comemorar as vitórias da selecção.
É uma atitude altruísta destes nossos patrícios, sacrificando corajosamente os seus interesses ao bem comum de todos os portugueses.
Não se querendo ficar atrás, a GALP que segundo o seu presidente, muito tem feito pelo país, aproveitou para subir novamente o preço dos combustíveis.
Resta-nos esperar que as transportadoras tenham dinheiro para pagar o gasóleo dos seus camiões e consigam distribuir a cerveja a tempo dela arrefecer até ao jogo com a Suíça.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Transporte do futuro



Com os chineses a consumir combustiveis quase com tanta rapidez como se reproduzem e sem uma carga fiscal absurda sobre os mesmos, como a praticada nos paises europeus, vamos num futuro próximo trocar de meios de transporte com eles e estou convencido que depois de algum tempo a levar com o vento e chuva nas trombas, também vamos começar a ficar com os olhos em bico.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A ele ninguém o cala



Ontem durante a grande entrevista a Manuel Alegre, muito teria gostado José Sócrates de ter ligado para a RTP e perguntar, como fez o Rei de Espanha a Hugo Chavez: "Porque no te callas?".
O poeta conseguiu fazer em cerca de meia hora, mais e melhor oposição ao actual governo que toda a oposição em 3 anos.
Com ponderação e sem falsa modéstia, soube dar voz a uma grande parte da população portuguesa que se divide entre a desilusão com este pouco socialista PS e a esperança de que no fundo as medidas que têm sido tomadas, por muito duras que pareçam, sejam de facto necessárias.
A posição que assumiu relativamente ao sentido de voto que seguirá no próximo ano, reflecte as duvidas de muitos.
Não te cales Manuel. E nem deixes que te calem.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cada vez os acho mais parecidos...



O presidente do Banco Central Europeu anunciou hoje que as taxas de juro deverão subir em Julho para impedir as subidas de preço dos combustiveis e dos bens alimentares.
Este homem é um génio. De uma só assentada vai resolver a crise energética mundial e também erradicar definitivamente a fome do nosso planeta!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Peixeirada



As cenas como aquela de pancada na lota de Matosinhos, trouxeram-me à memória as histórias do Asterix, onde frequentemente alguém se zangava com Ordenalfabetix por ele vender peixe que já não era fresco.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Onde há fumo, há fogo



A conclusão divulgada hoje da chamada Autoridade para a Concorrência sobre os preços dos combustiveis fez-me lembrar aquela celebre frase do Almirante Pinheiro de Azevedo: "Granadas? Não. Isto é só fumaça. O povo é sereno."

segunda-feira, 2 de junho de 2008

C.A.G.A.









Mais que um objectivo é um designio nacional. Esta é provavelmente a petição mais importante que alguma vez assinei.
Assinem também: http://www.petitiononline.com/gab2008/petition.html

domingo, 1 de junho de 2008

Sorriso amarelo









Ainda não estou refeito do abalo provocado pelas imagens da recepção à selecção portuguesa na Suíça. Como sabemos a sociedade Suíça leva a extremos aquilo que entendem como “civismo”: Não se pode cuspir para o chão; Não se pode por as cuecas a enxugar ao Domingo; Não se pode ter um orgasmo ruidoso depois das 10 da noite; etc. Os nossos emigras ontem, violaram certamente todas essas leis e mais algumas de que os suíços ainda nem se tinham lembrado, numa espécie de orgia social só compreensível pela necessidade de libertar o stress acumulado pelo dia-a-dia num pais onde todos se comportam como Lemmings. Pessoalmente, ainda vou precisar de muito tempo para perder o sorriso amarelo mental provocado por um jovem que repetia histericamente “Portugal, eu amo-te!”, ignorando certamente que além de isto dos namoros à distância não resultar, tal sentimento só é possível porque não tem de olhar para ele todas as manhãs quando acorda…