
Como diria o editor do jornal no filme de 1939, "Jesse James": "
A primeira coisa que temos de fazer se quisermos lei e ordem no Oeste, é pegar em todos os economistas e abate-los como cães!"
É obvio que isto se agrava quando economista e político se juntam na mesma pessoa. É o caso de Manuela Ferreira Leite.
Ainda eu não estava refeito do ridículo de ver o Primeiro Ministro, armado em "mãos-largas", a anunciar uma miséria de aumento de 24€ no ordenado mínimo terceiro-mundista que temos, quando surgem uns gajos intitulados de "economistas", a dizer que o aumento era "demasiado elevado"!?!!
Enquanto a minha mente divagava entre imagens de políticos acorrentados no fundo do mar e economistas alinhados para o abate, aparece a referida candidata a primeiro-ministro (e isto arrepia-me quase tanto como a candidatura de Sarah Palin a Vice-Presidente do EUA),
a dizer exactamente o mesmo.
Talvez fosse da confusão que tais afirmações provocaram no meu cérebro, mas era capaz de jurar que enquanto ela falava, vi o Victor Constâncio a fazer de "ponto", atrás de uma cortina.
Quando acordei no dia seguinte julguei que tudo não tinha passado de um sonho chalado. Mas não...
De repente, no entanto, tudo fez sentido quando apareceu a personificação do típico empresário “portuga”, encarnado na pessoa de Augusto Morais, Presidente da APME, a "ameaçar" que vão deixar de renovar os contratos dos trabalhadores por causa do "aumento".
Realmente é um drama que estes senhores tenham de pagar mais 24€ aos seus trabalhadores. Imagino que caso o empresário tenha 50 trabalhadores a receber esta fabulosa maquia, os 1200€ que eram para comprar umas jantes especiais para o “pó-pó” do filho fiquem a faltar, o que provocará certamente um enorme drama familiar.